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descobri. descobri a origem de todos os meus problemas. é caso para abrir champanhe. a causa de todos eles sou eu, eu ser assim. eu ser assim é a causa de tudo. assim com este medo, assim com esta incerteza. nem vou nem fico. nem ando nem páro. nem nunca mais volto a este café nem te falo. é exactamente aquele momento entre o cair e o continuar de pé. o corpo assim cansa-se depressa, sempre em planos de contingência, caso aconteça o pior. nunca em velocidade de cruzeiro para o melhor. os músculos contraem-se demais, à espera de responder à decisão. a decisão nunca acontece. o momento em que se muda de canal e o ecrã fica preto por um segundo. precede-lhe uma tensão interminável, um limbo. umas reticências.  nem sim nem sopas. e estar assim continuamente seria tortura não fosse eu ser eu. não fosse eu gostar de vir aqui beber café. não fosse eu ser estúpida.

I. W. @

1 comentário:

Anónimo disse...

Não te martirizes.

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